sábado, 11 de janeiro de 2014

Sherlock S03 E03 His Last Vow – Ante estreia – A opinião do site Sherlockology

No passado dia 8 de janeiro foi a ante-estreia de His Last Vow (O Seu Último Voto), o terceiro e último episódio da terceira temporada de Sherlock, no Princess Anne Theatre, em Londres, e a equipa do site de fãs Sherlockology esteve lá!
Por isso, mais uma vez, trazemo-vos a tradução para português da crítica deles (completamente livre de spoilers).
Aconselhamos vivamente a sua leitura.



Depois de uma espera tão longa, este momento já chegou.

Seguindo-se aos episódios únicos que o precederam, Sherlock volta a dar uma volta completa de tom com este último episódio da terceira temporada. Desta vez, somos levados para um território mais maduro em termos de caraterização e história, com o guião de Steven Moffat a conduzir os espectadores numa impiedosa montanha russa de emoções e curvas inesperadas de nos deixam de boca aberta.

Não se enganem, este é, sem dúvida, o mais negro episódio da história da série, indo a extremos onde nunca tinha ido antes. É emocionalmente devastador de uma forma completamente diferente de A Queda de Reichenbach, apesar de reter uma veia de um humor apertado e feroz suportado unicamente em incidentes que envolvem as personagens e jogos de palavras, e que é, também, marcadamente diferente do presente em O Sinal dos Três, por exemplo.

Como paradigma desta faceta afiada que define O Seu Último Voto, temos Charles Augustus Magnussen, magnificamente retratado por Lars Mikkelsen.
Magnussen é um adversário repelente e gelado, um homem certo de que o seu poder sobre os outros justifica que possa comportar-se como lhe apetece.
Completamente diferente do volátil mas extremamente cativante Jim Moriarty de Andrew Scott, este é um vilão predador, genuinamente assustador, desconfortavelmente arrepiante, alguém que consegue enfrentar frente a frente o Sherlock Holmes de Benedict Cumberbatch e ainda assim, dominar chocantemente a sala.
Sem especificar, o desenvolvimento deste marcande novo antagonista induz um caso – desde o início do episódio – que conduz as personagens principais a situações em que nunca as vimos antes. Algumas delas, teremos potencialmente antecipado durante muito tempo, mas as outras surgem do nada. Isto não é o que algumas pessoas têm vindo a chamar de “fan service”, como o que surgiu em O Carro Fúnebre Vazio e O Sinal dos Três, é mais a continuação lógica do que fora anteriormente estabelecido e a confirmação de algumas suspeitas, possivelmente há muito contidas, que coalescem em algumas dramáticas cenas finais.

Dito isso, O Seu Último Voto continua a linha desta terceira ronda de episódios novamente a desafiar as expectativas da audiência numa sublime aventura que eleva esta terceira temporada a surpreendentes novos níveis. O guião de Steven Moffar é magnificamente impregnado no canon, com alusões reverentes e inteligentes adaptações durante todo o episódio e um maior aprofundamento e desenvolvimento das histórias. Como alguns dos eventos em O Sinal dos Três sinalizaram, estas são agora as versões de Steven Moffat e Mark Gatiss das suas amadas personagens, mas, ainda assim, fieis às originais escritas por Sir Arthur Conan Doyle e, aqui, os aspectos da narrativa baseados nas personagens partem de um desenvolvimento que nós já conhecemos. 

Visualmente, este é outo episódio deslumbrante, o uso de cenários reais em especial dá-lhe uma escala que eclipsa os dois últimos episódios. Nick Hurran foi presenteado com paisagens espetaculares e certamente não as desperdiçou, alterando regras pré-estabelecidas e por vezes extrapolando outras a novos níveis. A Arte da Dedução, em particular, sofre uma renovação inesperada e profunda que se enquadra no contexto visual de uma sequência única e dramática. A música de David Arnold e Michael Price consegue, de alguma forma, tornar-se ainda mais grandiosa e expansiva. É impossível prever quanto mais alto e – se nos permitem – lírico o par conseguirá levar os temas que têm vindo a desenvolver ao longo destas três temporadas de Sherlock, mas por agora, a familiaridade dos motivos que criaram não é um problema, mas antes uma mais-valia, não uma dependência, mas antes distintas pistas sonoras que intensificam a resposta emocional ao que estamos a assistir. 

Sim, como já dissemos, O Seu Último Voto é uma experiência emocional. Dizer mais sobre o como  o porquê seria grosseiro e errado. Como com O Carro Fúnebre Vazio, esta é uma experiência que tem de ser vivida, limpa de todo o conhecimento prévio de spoilers. Mas há algo que temos de dizer para assegurar que a vossa visualização deste genial final da terceira temporada é completo.
Quando os créditos começarem, não desliguem a vossa televisão ou mudem de canal. Vejam com muita atenção.

Essa é a única pista que vos damos.

Podem ouvir aqui pequenos clipes de música da banda sonora de His Last Vow, à venda no iTunes.
Não se esqueçam que este episódio estreia amanhã, dia 12 de janeiro, às 20:30h na BBC One
Para saberem como assistir em direto, cliquem aqui
Para se manterem a par das datas de estreia no nosso país, cliquem aqui.
Trailer aqui.

PHS.

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